Estrondo ouvido na região pode ser de avião supersônico
Sul Fluminense – Moradores de Volta Redonda e Barra Mansa relataram terem ouvido um estrondo no início da tarde desta terça-feira (22) . Ainda não se sabe o que teria causado o estrondo, mas existe a possibilidade de ter sido um estrondo sônico, causado por aviões que rompem a barreira do som.
A hipótese é reforçada pelo fato de rotas de treinamento dos caças da Base Aérea de Santa Cruz, que são F5-EM com capacidade supersônica.
O fenômeno
A velocidade do som fica em torno dos 1200 quilômetros horários, o que é conhecido como Mach 1. Quando um avião atravessa o ar ele cria uma série de ondas de pressão, como as ondas que um navio cria na água do mar. A medida em que a velocidade da aeronave se aproxima da velocidade do som essas ondas são comprimidas até formar uma única onda de choque que atinge o solo, deslocando-se atrás da aeronave.
Dependendo da altura em que a aeronave se desloca, o estrondo pode ser forte o suficiente para quebrar uma janela de vidro. Na década de 1970, os efeitos dessa onda de choque supersônica levaram vários governos a proibirem os voos do avião Concorde sobre seus territórios. O Concorde voava a velocidade de Mach 2 ou duas vezes a velocidade do som. Em consequência da proibição ele só ultrapassava a velocidade do som sobre o oceano, onde a onda de choque se dissipava inofensivamente sobre o mar. A bordo do avião os passageiros não percebem porque a onda de choque fica atrás da aeronave.
O primeiro piloto a romper a chamada barreira do som foi o americano Chuck Yeager em 1947, usando um avião foguete, o Bell X-1. Na ocasião as pessoas que ouviram o estrondo no solo pensaram que o avião tinha se acidentado.
Fonte: Jornal Diário do Vale
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